Timão anuncia doação de R$ 112,5 mil à família de Kevin. Eles toparam? Porque até agora recusaram…

Os diretores do Corinthians acabam de anunciar, nesta quinta-feira (4), que farão uma "doação humanitária" de R$ 50 mil (R$ 112,5 mil) aos familiares do menino boliviano Kevin Beltrán Espada, morto aos 14 anos em 20 de fevereiro de 2013, no estádio de Oruro, na Bolívia, no jogo entre Corinthians e San José, pela Libertadores da América, atingido por um sinalizador lançado da torcida do time brasileiro.

Doze torcedores do Corinthians foram presos no estádio, acusados de participação ou cumplicidade. Sete foram soltos no começo de junho, após 106 dias de detenção. Os outros cinco permanecem detidos, esperando uma decisão da justiça da Bolívia.

Os cartolas corintianos sugeriram remunerar a família do menino assim que o problema ocorreu, mas os pais de Kevin recusaram a oferta no início.

No dia 6 de abril foi realizado um amistoso entre Brasil e Bolívia na cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra. Parte da renda deveria ser destinada à família de Kevin, mas seus pais dizem não ter recebido um tostão desse dinheiro.

A questão que se impõe agora é a seguinte: a família de Kevin confirmou para os diretores do Corinthians agora vai aceitar essas 50 mil doletas?

Sim, porque se eles não assumiram que irão aceitar e depois recusarem, a atitude do Coriinthians ficará parecendo marketing de oportunismo sobre o sofrimento alheio, não é verdade?

O problema é que, até agora, todas as reportagens sobre esta nova oferta trazem apenas o anúncio do Corinthians, sem a declaração dos familiares dizendo que mudaram de ideia e, desta vez, irão aceitar.

Esquisito.

Sei não, mas isso está me parecendo mais um capítulo de uma novela que terminará em nova recusa dos pais do garoto.

A diretoria do Corinthians ou, de preferência, a família poderia esclarecer se adoação foi ou não aceita agora.

Sem isso, o anúncio do Corinthians continua a ter pouca ou nenhuma força – pelo menos até que a família encaixe a grana.

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